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Áreas do Acervo IMS
O que encontrar no Acervo IMS
Madalena Schwartz
Madalena Schwartz (1921–1993) foi uma fotógrafa húngaro-brasileira cuja obra teve o retrato como eixo central. Integrante do Foto Cine Clube Bandeirante, dedicou-se a registrar artistas brasileiros, com destaque para travestis e transformistas da São Paulo dos anos 1970. Seu acervo, adquirido pelo IMS em 1998, é composto por 16 mil negativos em preto e branco, 450 cromos e ampliações de época.
José Medeiros
José Medeiros (1921–1990) foi um fotógrafo e cineasta piauiense que se destacou pela fotorreportagem. Atuou em revistas de grande circulação como O Cruzeiro registrando a vida cultural, política e religiosa do Brasil. Teve breve participação no Teatro Experimental do Negro, em que atuou nas peças O Imperador Jones (1945) e Todos os filhos de Deus têm asas (1946). Seu arquivo, com cerca de 20 mil negativos, foi adquirido pelo IMS em 2005.
Maureen Bisilliat
Maureen Bisilliat (Inglaterra, 1931) é fotógrafa, escritora e documentarista radicada no Brasil desde a década de 1950. Sua obra destaca-se por ensaios fotográficos inspirados na literatura brasileira e registros de comunidades indígenas, com ênfase na documentação do Parque Indígena do Xingu.
Millôr Fernandes
Millôr Fernandes (1923 – 2012), jornalista, desenhista, tradutor e dramaturgo brasileiro. Iniciou sua carreira no grupo Diários Associados em 1938, onde marcou época com a seção humorística “O Pif-Paf”, publicada na revista O Cruzeiro entre 1945 e 1963. Ao longo de 70 anos de atuação profissional Millôr Fernandes publicou nos principais veículos da imprensa brasileira, onde manteve colunas diárias ou semanais, em que combinava charges e cartuns a textos aguçados sobre política e cotidiano que se tornaram sua marca registrada.
Hilde Weber
Hilde Weber (1913 - 1994), desenhista, ilustradora e gravadora alemã, naturalizada brasileira. Chegou ao Brasil em 1933, onde fez carreira nas artes visuais. Teve ampla atuação como desenhista de imprensa, trabalhou no ateliê Osirarte e participou da equipe de cenógrafos do Teatro Brasileiro de Comédia. A charge política e do cotidiano é uma das faces mais conhecidas de sua produção. Tornou-se chargista do jornal Estado de São Paulo a partir da década de 1950, onde permaneceu até o início da década de 1990, quando se aposentou após 40 anos de atividade ininterrupta.
Cyrillo Hercules Florence
Hercule Florence (1804 –1879), artista visual e inventor de origem franco- monegasca. Foi integrante da Expedição Langsdorff, missão científica que percorreu as províncias de São Paulo, Mato Grosso e Grão-Pará entre 1825 e 1829, ocasião em que registrou em desenhos e aquarelas a fauna, flora, paisagens e comunidades indígenas encontradas ao longo da viagem. Após o retorno da expedição fixou residência em Campinas (SP), onde desenvolveu atividades artísticas, comerciais e educacionais, como o atlas pitoresco-celeste e os experimentos fotoquímicos considerados precursores da fotografia no Brasil e no mundo.
Ana Cristina Cesar (ACC)
Poeta de privilegiada consciência crítica, Ana Cristina Cesar destacou-se na década de 1970 por uma poesia intimista marcada pela coloquialidade. Nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 2 de junho de 1952 e cursou Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC). Incluída na antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Teixeira em 1975, fez parte da geração de intérpretes de uma liberdade estética incomum que aproximou leitor e poesia por meio de informalidade e aparente improviso. Ana Cristina Cesar morreu no Rio de Janeiro, em 29 de outubro de 1983.
Clarice Lispector (CL)
Clarice Lispector (1920-1977) iniciou a carreira na imprensa como jornalista e repórter do jornal carioca A Noite. Nasceu na aldeia de Tchechelnik, na Ucrânia, mas mudou-se com a família para o Brasil com pouco mais de um ano. Consagrada com uma das maiores ficcionistas brasileiras, escreveu também contos e crônicas. Depois de romancista consagrada, voltaria à imprensa sob o pseudônimo Helen Palmer, passando a conjugar literatura e jornalismo até o fim da vida.
Carlos Drummond de Andrade (CDA)
Chamado o "grande poeta universal do Brasil", Carlos Drummond de Andrade foi também cronista do time dos melhores. Nasceu em Itabira do Mato Dentro (MG), e, aos dezoito anos, começou a colaborar no jornal belo-horizontino Diário de Minas, ao mesmo tempo que se integrava ao movimento modernista. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1934, onde escreveu a sua obra poética e aproximadamente seis mil crônicas. Morreu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987.
Chiquinha Gonzaga
Compositora, pianista e maestrina, Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges Neves Gonzaga, 1847-1935) é não apenas um dos grandes nomes da música brasileira dos séculos XIX e XX, mas uma personagem marcante e atuante que, oriunda de uma sociedade patriarcal, abriu caminhos e rompeu barreiras em diversos segmentos, tornando-se pioneira inclusive na defesa dos direitos autorais de compositores e autores teatrais.
Pixinguinha
Compositor, instrumentista, maestro, arranjador e um dos pilares da moderna música brasileira, Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho, 1897-1973) foi assim definido pelo crítico e historiador Ary Vasconcelos: “Se você tem 15 volumes para falar de toda a música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas, se dispõe apenas do espaço de uma palavra, nem tudo está perdido; escreva depressa: Pixinguinha.”
José Ramos Tinhorão
Jornalista, crítico musical, escritor, pesquisador e colecionador, a todas essas atividades José Ramos Tinhorão (José Ramos, 1928-2021) sempre viu associados os mais diversos adjetivos: polêmico, mordaz, prolífico, incansável, obsessivo. O fato é que seus textos e livros lançaram luz sobre a música brasileira em seus aspectos históricos e estéticos, e sua coleção é uma fonte inesgotável e obrigatória para pesquisadores e estudiosos.
Claudia Andujar, no lugar do outro
Claudia Andujar (1931, Suíça) estabeleceu-se no Brasil em 1955. Ao longo das décadas seguintes, fez da fotografia seu instrumento de contato com o país. Nos anos 1960, colaborou com diversas publicações da Editora Abril, em especial a revista Realidade. A partir dos anos 1970, grande parte de sua produção foi dedicada aos Yanomami. O arquivo da fotógrafa foi adquirido pelo IMS em 2023 e se encontra em fase de processamento.
Glicéria Tupinambá
Glicéria Tupinambá (1982, Terra Indígena Tupinambá de Olivença, Bahia) é artista, professora e ativista. Com o trabalho Ka’a Pûera: Nós Somos Pássaros que Andam, esteve presente na Bienal de Veneza (2024). Na instalação audiovisual Nós somos pássaros que andam, projeto contemplado com a Bolsa ZUM/IMS 2022, narra sua missão de recuperar material e culturalmente a tradição dos mantos que foram levados por diversos museus europeus.
Igi Ayedun
Igi Lola Ayedun (1990, São Paulo, SP) é artista, diretora e fundadora da galeria e residência HOA. Trabalha com pintura, vídeo, escultura digital 3D, fotografia e som. Em Eclosão de um sonho, uma fantasia, projeto premiado pela Bolsa ZUM 2022, Ayedun estimulou o banco de dados de um programa de inteligência artificial como ferramenta compositiva, além de olhar para o futuro com uma indagação sobre a história das imagens.
Olavo Redig de Campos (ORC)
Arquiteto brasileiro formado em Roma, cuja obra alia modernismo e tradição arquitetônica nacional. Atuou por três décadas no Itamaraty, projetando embaixadas no exterior, e realizou marcos da arquitetura moderna no Brasil, como a Residência Walther Moreira Salles e o Centro Cívico de Curitiba. Sua arquitetura combina formas geométricas, materiais diversos e diálogo com a paisagem e a cultura brasileira, sendo uma referência na chamada " escola carioca" do modernismo.
Institucional IMS
O Arquivo Institucional documenta a trajetória do IMS desde 1987, quando foi criado o Instituto de Artes Moreira Salles, que em 1991 uniu-se à Casa de Cultura de Poços de Caldas, formando o Instituto Moreira Salles. Suas sedes abertas ao público foram: Poços de Caldas (1992), São Paulo (1996, nova sede em 2017), Belo Horizonte (1997–2009) e Rio de Janeiro (1999, atividades suspensas temporariamente em 2023).
Décadas em destaque
década de 1880
década de 1910
década de 1960
década de 1980
década de 1880
década de 1910
década de 1960
